Laura Barreto

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O macho foi passear

In Fala sério, PELAMORDEDEUS, Uncategorized on 13 de outubro de 2010 at 21:04

Descobri que tenho um “escrevômetro” e que ele regula com o meu humor. Hoje estou triste, sem vontade ou idéias pra escrever.

Pedro Augusto – o neurônio alone – tá encolhido lá no cantinho, pode ser o frio…Pode ser de solidão. A única coisa que falou o dia inteiro é que queria ser um dos mineiros do Chile pra ser resgatado. Me deu pena…

Gente brincalhona e bem humorada como eu sofre ,  perde o direito de não estar bem. Todo mundo espera uma piada, uma brincadeira, um sorriso largo  100% do tempo. Mas tem dia que não dá…

Talvez seja o cansaço acumulado, a falta de férias, as preocupações com trabalho, filhas, amigas, família, contas… Pode ser falta de amor também. Não amor de filhas, esse (o maior do mundo), tenho de sobra. É que às vezes a gente quer ser “filha” novamente, quer colo.

Pode ser também falta de amor dos amantes, dos apaixonados… Quero ser cortejada , bajulada, dormir de conchinha, falar bobagem a noite toda, rir alto, falar baixinho no ouvido… namorar.

Pode ser também só a falta de um e-mail ou um telefonema carinhoso falando que vai ficar tudo bem, que vai dar tudo certo.

O mais provável é que seja, como o disco dos Titãs, ” tudo ao mesmo tempo agora”.

Dessa história toda só tenho certeza de uma coisa, hoje o “machão” que criei pra  me salvar de roubadas, trocar pneu, lâmpadas, carregar as compras, negociar com os mais duros clientes,  trabalhar que nem um jumento – às vezes até nos finais de semana pra complementar a renda-  saiu pra passear.

Deve ter ido tomar uma cerveja com os amigos. Ele merece, afinal de contas, sustentar  e ser responsável por duas crianças não é mole. Não mesmo.

Aí a solidão aproveitou o espaço vazio e deixou o Pedro assim, caladinho. Nem me xingar ele quer… mal sinal. E eu, bem, eu mulherzinha total…

Tanto, mas tanto que se eu pegasse a filha-da-mãe,  quer dizer, a boba, feia e chata da feminista que  queimou os  sutiãs acabaria com a raça dela. Sem socos ou pontapés, só no puxão de cabelo, tapa, beliscão, unhada e mordida.

Daqui a pouco passa, sempre passa… Não tenho outra alternativa.

E aí sento (quer de dizer, me levanto) e escrevo.

🙂

Laura Barreto

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Tênis, polícia e cães farejadores!

In Contribuições, PELAMORDEDEUS on 13 de outubro de 2010 at 12:02

Por: Ângelo de Barreto Aranha

Quem conhece a lei de Murphy certamente sabe que uma sequência de eventos aparentemente desvinculados pode ocasionar um grande problema inesperado, aliás , foi assim que nos anos 50 este engenheiro da força aérea americana tornou famosa a lei que ate hoje leva seu nome! Uma coisa eu sei, Murphy me adora, e creio que o que vou relatar aqui alcançou pontuação máxima na escala Murphiana.

Tudo começou quando me mudei para o Vila Alpina, após uma guerra para construir minha modesta casa, me instalei no inverno de 2003. Uma das grandes atrações era a praça de esportes, com quadras poliesportivas piscina e academia! Ah e uma linda quadra de tênis de saibro! Assim como a criadora deste blog, sempre adorei esportes e tênis era um sonho ate então utópico, afinal as quadras de saibro no país do futebol são algo ainda raro! Catalisado pela trajetória inesperada e vencedora do grande Gustavo Kuerten, resolvi levar a sério e contratei um professor de tênis, foi assim que comecei a treinar e me apaixonar pelo esporte, 02 vezes por semana tinha aulas com o mestre Ricardo (tentei antes com o nosso campeão familiar, o Caco, mas ele só dava aulas no iate e pra mim seria totalmente fora de mão). Mas meu mestre era muito bom e rapidamente peguei o jeito e assim fui galgando posições no ranking da ATM Associação dos Tenistas do Mutuca…

Todo dia de aula Ricardo trazia um saco com uma quantidade enorme de bolas, para ele era uma tarefa incômoda já que tinha uma moto! O cara era malabarista prá pilotar uma CG com 100 bolinhas nas costas! Então, num gesto magnânimo ofereci pra que ele deixasse as bolas comigo, eu as guardaria no porta malas do  carro e elas ficariam lá até o dia das aulas, como nessa época eu era o único aluno iniciante, foi uma boa solução que não atrapalhou ninguém! A partir de então, as bolas passaram a morar no enorme porta malas do meu Escort.

Neste momento, Murphy sorriu pra mim!!! Era o primeiro evento.

Um belo dia estava em casa tomando  café me preparando para ir à CEMIG, empresa onde trabalho. O telefone toca e era a secretária do setor comunicando que o diretor da minha área havia me convocado para apresentar um de meus projetos, deveria vestir um terno e me apresentar em uma hora. Bom, em condições normais seria tempo mais que suficiente para ir do Vila Alpina em Nova lima ate o Ed. sede da Cemig no Santo Agostinho, eu não fazia a menor idéia, mas acabava-se de se concretizar o segundo evento.

Então, impecável no meu Armani (mentira! Era companhia do terno mesmo…), fui dirigindo para meu trabalho e ao fazer a curva do ponteio, palco de grandes emoções, me deparei com uma blitz daquelas de fazer arrepiar os cabelos de qualquer um, vários guardas armados com metralhadoras e cães pastores gigantes geneticamente modificados! Eu pensei, não podem me parar! Estou de terno e barbeado, indo falar com o diretor da Cemig! Coisa fina Meu Deus!!! Doce ilusão, um guardinha que parecia um anão de uniforme me fez aquele gesto detestável me ordenando encostar! Pensei novamente, tudo bem, ele agora vai me ver de terno, com a barba feita e o crachá da CEMIG a mostra no painel, vai pedir minha carteira e me liberar em 05 minutos… Aiaiaiai, estava acontecendo o terceiro evento Murphiano!Com um olhar digno da SS nazista, aquele gnomo rodoviário me mandou descer do carro para inspeção completa, então ele e um colega vasculharam o interior do veiculo e olharam todos os cantinhos, minha preocupação era apenas com o tempo, se essa varredura minuciosa se prolongasse certamente me atrasaria, mas tudo bem eu ainda tinha 40 minutos!

Então veio a ordem que provocou a desordem, o caos não determinístico! Abra o porta malas! Vociferou aquele playmobil animado, abri e diante dos olhos dos meganhas surge um enorme e inocente saco de bolas de tênis! Os caninos presentes simplesmente enlouqueceram com as bolas, cheiravam e latiam com olhar denunciador, eram dois pastores Belgas e não paravam de bocar o saco, não o deles, o das bolas de tênis!

Pronto, o ato final se fecha e lá estou eu parado na Br sob a suspeita de tráfico de entorpecentes usando bolas de tênis como mulas! Aí meus amigos, a indumentária que poderia ser o salvo conduto para a liberdade, só piorou a situação, afinal traficante dos bons adora um terninho! Estava estabelecido o caos e a primeira coisa que o Smigle fez foi chamar o cabo Feitosa (bem nome de cabo mesmo, Feitosa!) e mandar que abrisse as entranhas das bolinhas, algumas até novas, foi doloroso ver as Dunlops e Wilsons serem estripadas por Jack Feitosa! Abriu uma, duas, três e nada, nessa hora enquanto assistia ao Grand Slam genocida, toca meu celular!

O tempo tinha passado e era a secretária do diretor perguntando a razão da minha ausência, varia opções passaram pelo rol de respostas, mas com o pânico só me restava a verdade, disse que estava numa blitz sendo vasculhado da cabeça aos pés e sem perspectiva de liberação… Ela disse, o diretor detesta esperar!! Como isso fez doer meu estomago!

Não teve jeito, tirei forças e coragem das profundezas do meu ser e me aproximei falando com tranqüilidade: Seu guarda, o Sr já abriu quase 15 bolas, não há nada ai! Então num gesto brusco virou aquele saco e derramou todo seu conteúdo no porta malas, lá no fundo jazia a explicação salvadora daquela euforia canídea, encravado na costura um pequeno pedaço de delicioso e suculento floco de ração Royal Canin!! Uma iguaria canina rara e muito apreciada! Imaginem o que esse petisco vip não representava para aqueles cães policiais acostumados com lavagem de segunda… Não foi a toa que ficaram ensandecidos!!

Explicação: Meu caro professor, também era criador da raça Labrador, e costumeiramente comprava sacos de ração de 30 kilos e muitas vezes usava os mesmos sacos (brancos e sem marca nenhuma!) para transportar as bolas. Aí, o cheiro da ração ficou impregnado nas bolas, não o bastante para nossos olfatos humanos, mas suficiente para o super faro canino! Com tamanha evidência, fui liberado e deixei pra trás os meganhas e os caninos, cheguei na empresa em cima da hora com a cabeça a mil, a secretária perguntou novamente o que houve com um olhar de desconfiança, respondi, tava de saco cheio e tive um dia de cão (farejador)!!

SALVE MURPHY!!

Ângelo de Barreto Aranha

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Aprender Fazendo

In Comunicação e marketing, PELAMORDEDEUS on 12 de outubro de 2010 at 23:44

Hoje fui almoçar com a família Tralalá em um restaurante pequeno  e  aconchegante. A decoração prima pelos detalhes – cadeiras e taças diferentes uma das outras e um atendimento impecável. E a comida, putz… exagerei!

Um desses lugares que espero que continue pequeno,  mesmo sabendo se tratar de um grande desafio para os donos conseguir achar o posicionamento ideal quando o sucesso chega. Às vezes é preciso crescer, mas o risco de perder o charme e a qualidade são grandes. O que fazer então, como, onde e por que?

Adoro esses desafios do marketing… mas os donos não são meus clientes (ainda) e só trabalho amanhã! Para tratar desse e de outros assuntos profissionais só no escritório! Brincadeira, por R$190,00/hora trabalho até madrugada. Aliás, será um prazer, não durmo muito mesmo… maldita insônia. Eu e o Pedro Augusto – o neurônio alone – estamos aí pro que der e vier.

(Pára de reclamar ômi de Deus! Fica resmungando igual um velho rabugento! Se eu não colocar você pra trabalhar vai morrer igual seus colegas, por falta de uso e excesso de álcool!. Se toca moleque!)

Agora, falando sério, como eu ri hoje! Anotei num guardanapo pelo menos uns 5 casos que as meninas me lembraram pra colocar aqui  e que ,claro, deixei lá e não lembro nem ferrando. Pedrinho quando não quer não move uma palha, “maledeto”!

Bem que a Lu falou: “você anota tudo, fala que vai escrever sobre  o que a gente conversa e quando vamos checar o blog tem um texto completamente diferente.”

É verdade, normalmente penso uma história e quando me posiciono confortavelmente em pé na janela ( único lugar que consigo pegar o wi-fi do vizinho)  o “espírito digitador” se junta com o Pedro Augusto e com seus dois dedos frenéticos escreve esse monte de bobagens. Depois releio e morro de rir, juro! Parece de verdade que não fui eu que escrevi! Uma loucura.

O único caso de hoje que consigo  recordar, mesmo sem a ajuda dessa célula rancorosa e inútil, é o do treinamento que fizemos  para uma equipe de vendas formada por 40 mulheres.

O que elas vendiam? Essa é a parte curiosa: preservativos, e por telefone!

Pelamordedeus! Como treinar uma equipe de telemarketing, exclusivamente feminina, pra vender camisinha!? Isso sim é desafio – o posicionamento do restaurante vira “café pequeno”!

Lá estavam então as 40 mocinhas tímidas,  primeiro emprego da maioria. Uma sacanagem! Então pensei: “O jeito é quebrar o gelo” e fazer com que as meninas fiquem a vontade.

Como bem me ensinou minha mestra Dri –  que está milionária só fazendo isso! – o melhor jeito de aprender  é fazendo. O que cada um sabe, quando sistematizado e somado a novos conhecimentos, torna-se uma ferramenta poderosa.

“Ninguém sabe tudo. Todos sabemos algo. Juntos saberemos mais” – é piegas mas funciona!

Pra tirar esse conhecimento das pessoas ao invés de passar 148 lâminas de Power Point e falar, falar, falar… (deu sono só de escrever) a gente faz perguntas. As pessoas sabem e são muito capazes, só não sabem disso!

Então perguntei: “O que é necessário para  fazer uma boa venda?”

Pouco a pouco as respostas foram saindo – saber ouvir, falar bem, conhecer o produto, preço, qualidade, atendimento, etc – até que alguém falou o que eu queria: se colocar no lugar do outro!

“Pára tudo! Você pode repetir?”

“Se colocar no lugar do outro” – respondeu orgulhosa a menina que devia ter no máximo 19 anos.

Todo mundo prestou atenção – era a minha deixa: “Então gente, me desculpem a sinceridade, mas nesse caso vai ser foda pra vocês…afinal de contas vocês não têm pinto!”

A gargalhada foi geral, o dono da empresa quase fez xixi na calça de tanto rir. Pronto, o gelo foi derretido e o treinamento de 16 horas, sábado e  domingo o dia inteiro, correu com tranqüilidade e foi muito proveitoso. Vocês não imaginam o tanto que essas meninas venderam!Nem eu!

A Dri é séria e muito experiente, já não se assusta com as minhas tiradas, acho que até gosta. Mas, pra fazer o papel dela ( muito bem feito diga-se de passagem), cria sempre um cartaz com um placar onde vai tirando pontos meus toda vez que falo um palavrão. No último treinamento que ministramos juntas acho que terminei com menos 100… e o mais engraçado é que os clientes sempre nos chamam de volta. A dobradinha tem funcionado!

Volta aqui Pedro Augusto! Tá com vergonha… saiu para conversar com a invejosa e “deprê” célula hepática, ele sempre faz isso quando falo demais!

P.S. Dri, 10% dos novos contrato são só meus, tá?

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A Janela é o Lugar e Organizar é o Verbo

In Fala sério, PELAMORDEDEUS on 12 de outubro de 2010 at 13:35

Sábado lendo a coluna da minha xará , Laura Medioli ( que sou fã) me emocionei… ela conta das amigas inseparáveis e de duas que já se foram. Fiquei com isso na cabeça desde então.

Pela ordem natural das coisas eu seria a primeira das amigas a morrer, afinal de contas, sou a mais velha. Elas que tirem o cavalinho da chuva! Se o meu projeto der certo – como diz um grande amigo – viverei uns 90 anos. Uma velhinha doidinha e animada.

Aposto que já tem gente lendo e fazendo o nome do pai ou batendo na madeira… como as pessoas têm medo de falar de morte! Tabu.

Eu não. Aliás, nem eu nem a maioria das minhas amigas. Temos inclusive um pacto de não deixar nenhuma feia no caixão: maquiar, unhas feitas e nada de algodão no nariz, pelamordedeus!

Confesso porém não estar preparada pra escrever sobre as pessoas queridas que já perdi.  Meu amigo “Gatinho” e minha mãe. Simplesmente não consigo… eles merecem o melhor, um texto perfeito, lindo e profundo. Ainda chego lá!

Escrevo então sobre a vida, sobre o hoje e de como cheguei até aqui.

Sabia que receberia críticas desde o dia que iniciei o blog. Achei também que estava preparada pra todas – escreva mais, escreva menos, revise, reavalie, está se expondo demais, não fale isso ou aquilo…

Errei novamente.

Não começa com “eu te disse, eu te disse”, Pedro Augusto! Esse neurônio alone tá demais!

Voltando ao assunto, descobri aqui que algumas pessoas não gostam que eu fale que estou sem dinheiro, que bebi, ou que tive um caso de amor sem nenhuma possibilidade de dar certo, só pra curtir… as pessoas têm medo da vida real.

Esta aí está o segredo do sucesso Facebook, lá todo mundo é rico, viaja,e está feliz. Amores a rodo! Uma diversão!

Eu adoro. Mas cansa, chega uma hora que até o mais lesado dos neurônios cai na real e percebe que não é isso, não pode ser só isso… a vida acontece aqui fora e a gente sofre sim, chora, perde e erra.

Meu Deus, como eu errei! E que atire a primeira pedra ( não no Pedro Augusto) aquele que nunca errou.

Aí, digitando em pé na janela, de madrugada, sozinha, as coisas foram indo cada uma para a sua gavetinha na minha cabeça – Pedrinho trabalha muito –  percebi então que passei por muita coisa, boas e ruins, algumas aparecerão aqui, outras simplesmente não merecerem… Foram só parte do aprendizado e não dizem respeito a ninguém, só a mim.

Aqui, entre as palavras, encontro o meu perdão e pra mim esse basta… faz com que eu queira ser melhor, por mim e, o mais importante, pelas minhas filhas.  E como é difícil a gente se perdoar, né? Porque pra obter o perdão a gente tem que assumir…

Descobri também que a minha vida é ótima assim, que sou feliz e posso ser ainda mais.

Gente, pelamordedeus, já ia me esquecendo, descobri também que sei escrever! Recebi e-mail de duas escritoras de verdade elogiando meus textos, um inclusive da xará! Que alegria, não existe motivação maior.  E assim meu primeiro livro infantil e site oficial saem em dezembro. Quem diria!

Mas, o mais bacana de tudo, foi perceber o poder disso aqui e que não estou “sozinha na janela”, ela “é só o lugar e organizar é o verbo”, como bem disse minha irmã, que com uma ou duas palavrinhas, manda o recado mais do que eu em mil.

Escrevo, assim como a Laura Medioli ( pena que não tão bem como ela) pra registrar, pra fazer história,pra contar que amo e que cada um tem um lugar especial. Escrevo para as minhas filhas.

Amigos, familiares e seguidores, também sei falar sério… descobri isso com vocês.

Obrigada!

P.S.  Ah, e muito obrigada por todas as críticas e elogios! O melhor ainda está por vir!

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BH/RIO/ESCARPAS – Sem escalas

In PELAMORDEDEUS on 11 de outubro de 2010 at 15:10

Pelamordedeus! Feriado em BH… só falta bola de feno rolando pelas ruas e eu aqui, trabalhando… Mas é bom que a gente aproveita pra arrumar umas gavetas, pintar o cabelo e até pra abrir aquela mala de recordações que está fechada precisando de uma organização a séculos.

Fora o feriado ainda tem a insônia maldita, então ontem entre 1h e 3h da matina resolvi eliminar essa tarefa. A mala por si só já é uma caso a parte, é daquelas de vinil ou plástico mesmo cinza escuro, com uns fechos de metal enormes, que quando eu era criança achava o máximo arrumar pra viajar.

Dentro dela mais viagens! Ri sozinha vendo algumas fotos, meus diários , coleções de papel de carta e até poesias. E não é verdade  que eu tinha  algum talento mesmo?

Que bom que guardei isso tudo.

Pedro Augusto – o neurônio alone – ficou até emocionado lembrando da época que ainda tinha mais amigos!

Falando em amigos, achei tanta coisa de Búzios que deu até vontade de fazer como eu e Nanda fazíamos na época de Promove. Uma olhava pra cara da outra e falava: “Vamos”? Bastava isso e estávamos a caminho do litoral fluminense. Ficávamos na pousada da Nelma e do João – “Casa do Caçador”, o dinheiro era contado pra pagar as diárias, abastecer e comer 1(um) prato-feito por dia. Quase sempre bebíamos o dinheiro do “PF” e ficávamos com o café da manhã da pousada e biscoitos. Que beleza!

Como íamos fora de temporada conhecíamos todo mundo da cidade e éramos muito bem recebidas ( gente, isso foi há 20 anos atrás!) Sentíamos as próprias Brigitte Bardot.

O João – dono da pousada- praticava caça submariana e eventualmente nos presenteava com uma garoupa grelhada. Que maravilha, temperada só com sal, limão e pimenta do reino  e  não era só pela fome, simplesmente perfeita!

Fazíamos isso com tamanha freqüência que certa vez, peguei a Marcela na casa dela pra ir para Escarpas, outro destino freqüente,  a 270 km de BH. Sempre adorei dirigir pra mim é prazeiroso, mas nesse dia Pedrinho cochilou e o cachimbo caiu…

Na época eu tinha uma caminhonete, peguei a Marcela na casa dela no São Pedro, jogamos as bolsas lá atrás e fomos, animadas. Não sei de onde surgia tanto assunto ( é assim até hoje), chamo de “Conversa for Windows”, temos que minimizar uns assuntos e abrir outras janelas pra depois voltarmos ao tema inicial. De repente temos 5 assuntos (janelas) sendo tratado aos mesmo tempo, coisa de gente maluca…

E assim ganhamos a estrada, sem para de falar umj minuto. Numa dessas conversas a Marcela sugeriu que parássemos no Cupim pra comer um pão de batata, concordei e avisei que teria que fazer uma parada antes pra abastecer.

Parei.

Um policial então nos abordou pedindo carona, falei que claro, desde que ele não se importasse de ir na caçamba – naquela época as coisas eram mais flexíveis  e erradas, diga-se de passagem. Ele jogou a mala dele lá, pulo na carroceria e perguntou se íamos pra o Rio mesmo e que desceria em Juiz de Fora.

Nesse momento Pedro Augusto tirou os protetores auriculares que usava par não ter que ouvir meu papo com a Marcela e gritou: Pelamordedeus! Nós vamos para Escarpas, é pro outro lado!

Caímos na gargalhada. Já havíamos andando cerca de 200km, portanto estaríamos chegando ao nosso destino, se não fosse a “conversa for Windows”.

Infelizmente não pudemos dar carona para o amigo police oficcer, que caiu do céu, ou teríamos chegado fácil fácil em Búzios! O que também não teria sido de todo mal.

Sinta falta disso…A gente era feliz e sabia!

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Pérolas do Orkut

In PELAMORDEDEUS on 10 de outubro de 2010 at 12:22

Domingo é dia de ficar com as crianças e inventar assunto. Deus me livre de Hotzone, além de ficar vesga pra vigiar as duas naquele labirinto de máquinas, nessa bobagem vão no mínimo R$60,00 que depois viram duas besteiras do tipo “bolhinha de sabão”.

O Minas é sempre uma boa opção, como eu amo aquele lugar – passei minha infância e adolescência lá – só que hoje só as minhas filhas são sócias, portanto ou elas vão com a Marcela (minha melhor amiga, se eu não escrever isso aqui ela me mata) ou então esquece. Portanto, não é minha primeira opção.

Até mais ou menos uns dois anos atrás íamos ao zoológico pelo menos 2 vezes por mês. Além de barato o programa rende o dia todo, com direito a piquenique na grama,toalha xadrez, cesto de vime e tudo mais. Fomos tanto, mas tanto que as meninas falavam: “Vamos pro zoológico mamãe,  de lá você é sócia né?

As festinhas são sempre uma delícia, eu amo! Mas agora tá um tal de convidarem só as crianças que é um saco… Eu entendo e me vejo também no lugar desses pais, querem comemorar mas os preço dos buffets infantis estão ficando iguais  aos de casamento. Um absurdo! Uma máquina de fazer dinheiro.

Também adaptada a minha realidade, arrumei a solução para não passar “em branco”. Para tanto  conto com a ajuda das amigas , da prima Mônica  e cunhada  Rubia. Fiz com a ajuda delas esse ano as festinhas de aniversários das duas à moda antiga: balões enchidos no fôlego, bolo, docinhos, salgadinhos e bebidas self service, um pula pula alugado, muito espaço pra correr e as tão esperadas “lembrancinhas”. É um sucesso!  Os primos todos comparecem e a diversão é garantida para as crianças e adultos (como falamos bobagens nesses encontros). Priceless!

Outro ótimo programa de domingo – esse é o que eu mais gosto – é ir pra casa de amigos. As crianças se divertem, brincam a vontade e eu também posso relaxar e bater papo ( meu passa tempo predileto). E o melhor, a bagunça fica lá!

Depois dessa talvez nunca mais seja convidada…

De qualquer forma, quando nada disso é possível, descemos para o “play” com uma piscininha de montar, skate, patins (cada uma tem o seu, eu inclusive!), bicicleta e várias bonecas. Como nos divertimos! Batizamos essa brincadeira de “Pérolas do Orkut” porque a bagunça que fazemos faz lembrar muito aquelas fotos que circulam por e-mail de gente tomando sol dentro de barril, em caçambas, na carroceria de carros, etc.

Adoro quando minhas filhas -como hoje por exemplo – falam: “Mamãe, vamos fazer “Pérolas do Orkut?” Sinal que estou no caminho certo, conseguindo passar para elas que a gente pode e deve ser feliz com o que tem e a todo instante. A vida é assim.

Estamos indo para o play, hora de “Pérolas do Orkut”! Um ótimo domingo pra todo mundo!

P.S. Pedro Augusto – neurônio alone – ta chorando de novo! Anda muito emotivo esse dias, acho que tá apaixonado…vou conversar com ele.

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Menina Meganha

In PELAMORDEDEUS on 8 de outubro de 2010 at 12:04

Pelamordedeus! Quanta alegria! Acabei de receber um e-mail da minha amiga “meganha” não só me liberando escrever os casos dela, como elogiando meus textos. Como ela é meio gênio, vindo dela vale muito e, pra completar,  ainda  me lembrou várias histórias.  Corajosa e super “fuefa”!

A MM – Menina Meganha – é uma falta de educação. Linda! Parece a Cameron Dias tupiniquim só que ainda mais simpática e com os dentes mais bonitos. E sempre foi assim, desde que a conheci, na quinta série –  aos 11 anos.

Atenção marmanjos carentes de plantão e gaviões, não percam seu valioso tempo mandando e-mails ou  elaborando comentários do tipo “ qual o telefone da MM?”, ela é casada, e muito bem,  diga-se de passagem. Ah,  e anda armada.

Pois bem, MM, ao contrário de mim, tem uma porção de neurônios, Pedro Augusto – o neurônio alone – morre de inveja. Faz amigos até na fila do banco, pior do que eu.  Mas também dá foras, e muitos!

O mais engraçado aconteceu há mais de 25 anos, na 8ª série. Não sei como, mas eu fazia sempre os trabalhos de turma no grupo dela. Acho que era uma relação de comensalismo – eu aproveitava o conhecimento acadêmico dela e ela minha criatividade – nesse formato a gente arregaçava nos trabalhos!

Nesse ano tivemos que fazer um sobre plantas medicinais, fomos até o Mercado Central fazer a pesquisa “in loco”.  Foi lá que conhecemos o “Picão”. Pra fazer chá gente! Ô povo maldoso!

Começávamos a apresentação com um jogral que ela lembra até hoje (ta vendo Pedro Augusto, e você não lembra nem o que eu fiz ontem!)

“Pra quem chega a Belô,

pra dar umas voltinhas…

não pode deixar de conhecer…

um dos melhores pontos turísticos daqui:

TODOS: “O Mercado Central!!!!”

Que beleza! Que construção elaborada, em prosa e verso e sem nenhuma rima…

Onde você vai Pedro Augusto? É sempre assim, quando ele fica envergonhado some e vai bater um papo com a célula hepática, mulherzinha deprê, invejosa!

Mas até chegarmos nessa elaborada apresentação marcamos umas 2 ou 3 reuniões, cada dia na casa de um, sempre regada a muita Coca-Cola e acepipes. Tínhamos uma colega society, de verdade, não sei porque ela estudava no Dom Silvério, o perfil era mais pra Alcinda Fernandes… Loura e fresquéssima! Whatever.

Então lá estávamos na casa da Glamour Girl quando a mistura bombástica acepipes + Coca fizeram efeito e M&M precisou usar o banheiro.

Aquele banheiro lindo, enorme, do tamanho do meu apartamento. Tudo certo, só que mesmo depois de 137 descargas a criatura, quase humana, que ali nadava – metade do corpo fora d’água – não queria ir embora.

E agora? Ela não teve dúvida, pegou a saboneteira de inox em forma de folha ( na casa de todo mundo tinha uma dessas) e decepou o elemento. Que decapitado foi-se embora.

Eca! Que nojo!

Eu sei…mas aconteceu! Eu bebo, mas não invento!

Ninguém jamais saberia disso, seria mais um daqueles segredos que todo mundo tem um e que não conta pra ninguém, nem pra gente mesmo. Fazemos questão de apagar. Só que ela errou: me contou…

Se na época existisse bulling eu teria sido processada,  presa, ou até mesmo executada na cadeira elétrica.

Por sorte, ou não, minhas amigas são todas do bem  e assim como eu muito bem humoradas!

Ah, só pra constar: tiramos total no trabalho e a Glamour Girl não ganhou o concurso.

MM, mãozinha de coração pra você!

Laura Barreto

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Mulher Melancia

In PELAMORDEDEUS on 8 de outubro de 2010 at 0:51

Pelamordedeus! Cá estou eu, mais uma vez em pé na janela, o único lugar onde tenho internet em casa! Tem gente que acha que isso é balela, jogada de marketing… mas, infelizmente, não é! Roubo a internet aberta do vizinho… Uai, ele é bacana, não criou código, cara desprendido. Mesmo não te conhecendo: Love you neighbor!

O mais importante é que preciso escrever, além de me  fazer bem,  é  a noite, quando as pequenas já dormiram e o Pedro Augusto – the neurônio alone – vai fazer esteira é que consigo produzir alguma coisa. Fora a insônia!

Então, como ontem comecei a falar do “11”  hoje darei continuidade à saga.

O 11 era o máximo! Fora os 400m2, lá sempre tinha cama pronta e rango no fogão!

Tanto que a copa, apesar dos 150m2 de sala e de um bar com vista pra toda BH,  era o local predileto.

Pois bem, lá estávamos eu e todas as filhas da família Tralalá  tomando uma caipi melancia curtida desde a noite anterior dentro da própria fruta.Um néctar! Aí a Lu quis ir dormir, apelei (faço isso às vezes): “Como é que ela ia dormir comigo ali? Eu era a visita e ela anfitriã!”

Como boa moça fina que é, foi até o quarto de hóspedes, pegou um colchão, colocou no chão, deitou e dormiu. Tava resolvido o impasse…

Daí olhei aquele corpo semimorto do meu lado, ainda com alguns  sinais vitais, mas nenhuma consciência , de pijama, e com o corpo repleto de sardas  e tive uma ideia:

“Vou ligar o pontos!”

Enquanto conversava com as outras irmãs peguei uma canetinha e fui ligando as sardas. Criei um macaco na perna por depilar, Pedro Augusto vibrou com a reprodução quase perfeita de Guernica, de Pablo Picasso, nas costas da Lu E assim foi a noite toda… as irmãs achando normal aquilo ( depois eu que sou doida!).

No dia seguinte ela quis me matar… e eu descobri que sou ótima em “ligar pontos”!

Laura Barreto

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Moça Fina

In PELAMORDEDEUS on 7 de outubro de 2010 at 17:04

Há  até pouco tempo atrás, antes das redes sociais, a gente conhecia as pessoas conversando. Foi assim que  conheci a  Lu e reencontrei a Dri, pessoas que mudaram a minha vida.

Mas, até chegar a essa mudança muita água (que passarinho não bebe, principalmente) rolou embaixo da ponte!

Em 92 ou 93, conheci a Lu, irmã da Dri, através da Marcela (isso sim é rede social). A Marcela é minha amiga desde 15 anos de idade e fez faculdade com a Lu. Deu pra entender? Se não deu, desenha aí.

Então um dia a Marcela me apresenta a Lu (gente, prometi que ia evitar falar de bebida, mas foi em um bar. Bebo mas não invento!). Eu e a Lu  tivemos uma afinidade imediata, a começar pelo gosto por esportes. Ela jogou tênis profissionalmente e eu, desde os 8 anos, tento aprender… Anda não desisti!

Depois descobrimos que o pai dela quase foi expulso do Estadual Central por que o meu pai estava colando dele em uma prova e os dois foram pegos (olha o exemplo aí!).

Daí em diante começamos a freqüentar  o Minas juntas pra bater bola (ela sempre me humilhando pra fazer bonito pros paqueras. Caso a parte…)  e a casa uma da outra. Dormi lá no “11”,  apelido carinhoso da cobertura mais espetacular do Lourdes que já freqüentei,  várias vezes.  Não só pelo espaço físico, mas pelo ambiente e astral do lugar. Lá era pra mim um lugar “ Imperiocard”, sem preço.

A primeira impressão que fica da Lu, para quem ainda não trocou 10 palavrinhas com ela, é a de que ela é a moça mais fina do mundo! Sempre arrumada, loura, alta e magra.

Depois da 11ª palavra,  a gente percebe que ela é igual a gente, fala bobagem, senta em boteco e tem um dom de deixar as pessoas a vontade que é invejável.

Pelamordedeus, gente! Pedro Augusto – o neurônio alone  – acabou de me alertar pra uma coisa: Ela é fina! Isso é ser fino!

Valeu a dica Pedroca!

Mas o primeiro dia que fui na casa dela… ah, o primeiro dia…

Cheguei lá no horário que havíamos combinado de sair – acho que já falei isso, mas reforço, sou obsessiva com horário – e ela nem banho tinha tomado! Fiquei aguardando na sala com “Seu” Maurício. Só ele e eu na sala que dava até eco de tão grande.

Maurício estava lendo jornal e eu sentada comportadamente em frente, sem enxergar um palmo a minha frente – na época eu era míope tinha vergonha de usar óculos. Dirigia desse jeito, por instrumentos, que loucura!

Aí começam a surgir os filhos, são 5 no total, um a um, entravam na sala e eu – cega mas educada – me levantava pra cumprimentar. De repente algo estranho aconteceu, cumprimente uma moça, do meu jeito, com beijo e abraço, ela ficou sem graça e foi pra cozinha… Fiz as contas, ela seria a sexta filha, algo estava errado.

“Seu” Maurício, só abaixou o jornal e me olhou por cima das lentes dos óculos. Sim, eu cumprimentei a empregada como se fosse filha dele.

Agora era hora de sentar e calar a boca mas, não, tive que piorar as coisas:

“Ô seu Maurício, desculpe, achei que a moça era filha do senhor. Mas a culpa é sua, quem mandou ter essa quantidade de filhos!”

Pedro Augusto leu o pensamento dele: “Quem é essa idiota com quem a Lu vai sair?”

Nesse momento a Lu apareceu na sala! Parecia uma visão do além vindo para me salvar! “Vamos?” – perguntou.

Correndo!

Fiquei amiga de toda a família que hoje chamo de “Tralalá” – o molde foi bom, são todos lindos, inteligentes e divertidos. Pessoas finas!

A Dri, psicóloga milionária, foi minha  colega no Santo Tomaz de Aquino na  3ª série, aos 9 anos de idade ( depois conto como descobrimos isso, mais um fora…). Foi ela também  quem me ensinou a ensinar e me colocou no mundo dos treinamentos. Nossa, tenho um punhado de casos nessa área! Já fizemos juntas um treinamento de vendas para a equipe comercial de uma marca de preservativo. Dá pra imaginar a minha performance, não dá?

Depois eu e o “Seu” Maurício ficamos “chegados”, ele adorava minhas piadas idiotas. Sempre tinha que contar uma, e como eu adorava…  Exemplo de pai, de determinação de alegria e tranqüilidade. Sinto falta dele. Não mais do que a família Tralalá, tenho certeza, mas sinto…

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Loira flambada parte II.

In Contribuições, PELAMORDEDEUS on 7 de outubro de 2010 at 9:50

Como quase nunca, uma catástrofe é um acontecimento singular, vou descrever aqui o que aconteceu entre a pergunta da loira chuck e a minha fuga pela porta de serviço! No caso anterior, parte I,  permaneceu um hiato…  Na verdade, algo mais aconteceu e foi por isso que eu realmente fugi à francesa!

E O BOLO SE FOI…

Aquela festa guardava uma surpresa, dias antes nosso anfitrião fez aniversário e sua irmã num gesto magnânimo havia comprado um bolo lindo, parecido com aqueles de casamento com cobertura de glacê e chocolate, tinha até um enfeite em cima simbolizando o esporte que ele praticava regularmente, pólo equestre! Estava imponente lá na geladeira, aguardando prá ser retirado às 2 da manhã para um belo parabéns surpresa…  A surpresa foi bem maior!!

Cortando a cena e voltando um pouco no tempo:

Após calcinar um ser humano do nariz prá cima, qualquer um ficaria em estado de choque e é nessa hora que agimos mecanicamente, meio que sem pensar, todo mundo já deve ter vivenciado isso algum dia!

Então, lá estava eu em estado de catalepsia pseudomotora olhando a chuck e ao mesmo tempo segurando a porta da cozinha para evitar que testemunhas entrassem…  Então, nesse exato momento uma mão força a entrada para guardar uma coca cola na geladeira, mais que depressa me ofereci para a tarefa, afinal a geladeira estava logo ali do lado, assim, dispensei o intruso e segurando o refri pelo gargalo, abri a geladeira sem olhar e depositei o vasilhame no interior. Esse é o ato mecânico a que me referi, deveria então ter ouvido aquele típico barulho de vidro deslizando na prateleira gradeada daquela frigidaire…

Só que ouvi um flurpt, senti na mão uma pressão leve de algo rígido entrando em algo bem macio, antes que alguém faça uma piada pornô já digo que enfiei a coca no bolo até o gargalo, destruindo irreparavelmente a obra de arte do confeiteiro do bairro! Pedaços deliciosos despencavam formando estalactites de pura caloria nas prateleiras inferiores, o peso da coca a fez tombar e abrir uma fenda colossal! Era o fim da festa, prá mim com certeza.

Em questão de 20 minutos produzi o “armagedon” da loira e o “impacto profundo” no bolo surpresa do dono da festa!! Era motivo suficiente para correr, fugir e não voltar lá nunca mais! E não voltei mesmo!

FIM

Angelo de Barreto Aranha

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