Que um ambiente de trabalho divertido é mais produtivo não resta a menor dúvida, master Google ta aí para provar pra quem quiser. Eu sou a favor desse modelo de gestão estimulo e participo – confesso que as vezes até exageradamente, mas é mais forte que eu!
Na empresa somos uma equipe de 42 profissionais em um escritório de 300m2, separados em núcleos mas sem nenhuma divisória física. Todo mundo jovem, uma turma bacana, inteligente e bonita. A maioria é bilingue e pós-graduado. Eu, com 41, só não sou mais velha do que o dono da empresa – que deve ter no máximo 2 anos a mais do que eu (Depois dessa mereço um aumento! Não mereço chefe, hein, hein?).
Mas, não é a formação ou a idade das pessoas que faz a diferença e sim o perfil de cada um e a vontade de fazer melhor, fazer bem feito e ajudar o colega. “Um ganha todos ganham, um perde todos perdem” (Coach Carter) .
Como isso faz diferença, como é difícil construir e fácil de destruir. Complicado achar a medida, não? Um super desafio para os gestores da empresa. E lá eles conseguiram, nós todos conseguimos!
Nunca, de verdade, em meus 20 anos de profissão conheci um ambiente de trabalho tão sensacional como o que tenho hoje. E olha que já tive boas e inesquecíveis experiências em empresas de destaque.
Apesar de ter me formado e especializado nas áreas de comunicação e marketing, em duas gigantes multinacionais atuei diretamente na área comercial, universos até então dominados 95% por homens. Sempre fui muito respeitada, mesmo porque adotei, ao pé da letra, e em todas as empresas por onde passei, o lema: “ onde se ganha o pão não se come a carne” . Mesmo sabendo que pão com carne é muito bom! E trabalhei, muito, mas muito mesmo!
Aprendi também coisas muitos úteis, como arrotar alto ( nossa, vou ouvir tanto porque escrevi isso aqui! Mas é verdade, ué!?), virar cerveja no bico e trocar pneu . Também ganhei, além do concurso de arroto, um campeonato de “paintball” e disputadíssimos ingressos para o Rock in Rio numa das convenções coordenadas pelo meu grande mentor: “ O imperador” .
Nessa convenção em particular as pessoas tinham desafios e provas que valiam “ imperiais” , moeda circulante imposta pelo querido, louco e genial Imperador. Cinquenta “imperais” – I$ 50,00 – valiam um ingresso VIP para o Rock in Rio. Eu devia ter, no máximo, uns I$10,00, pois negociei com meus colegas mercenários, que faziam de tudo por “imperais” as minhas punições( piscina gelada ou sauna,por 30 minutos direto, qualquer uma das opções completamente vestida, até sapato), Eu pagava e eles iam no meu lugar. Eu só tinha levado dois sapatos, uai! Não se esqueçam que, apesar dos arrotos e brincadeiras, sou “patricinha”, com muito orgulho! Falando nisso, não entendo até hoje porque ganhei tais castigos, sou também tão boazinha e comportada! Snif… snif…
Então chegou o último dia, prazo máximo para a compra dos ingressos. Eu não tinha como eu ganhar mais I$40,00. “De fora eu não fico!” pensei alto.
Chamei o Pedro Augusto – meu único neurônio – que tentava prestar, em vão, atenção numa palestra em inglês sobre “Control and Risk Awarness” ( Controle de Riscos e Conscientização), tá explicado por que ele não conseguia prestar atenção e fui pro meu quarto.
Pedro Augusto estava inspirado, ele gosta de música mais do que eu e não queria perder os shows. Peguei um “imperal” (I$ 1,00), recortei e colei sobre um cartão de crédito. Voltei para o salão de convenções, caladinha e me sentei , lá no fundo – na minha frente uns 150 marmanjos.
Daí, no final do dia, começaram as trocas dos convites. Depois que todos os “milionários imperiais” – alguns as minhas custas- comemoraram, levantei-me e pedi a palavra. Com o microfone na mão e platéia aos meus pés ( nasci pra isso, BBB11 que me aguarde!), subi na cadeira e falei: “ Meu querido excelentíssimo e divino imperador, peço um minuto de sua atenção, sei que não tenho “imperiais” suficientes para comprar o meu convite, sei também que tem coisas que o dinheiro não compra, mas, para todas as outras existe o IMPERIOCARD!” Levantei o braço e exibi meu cartão.
Foi uma explosão de gargalhadas e palmas! Ganhei o meu ingresso!
Bem, acreditem se quiser, falei isso tudo e não contei o melhor “causo” da empresa onde trabalho atualmente, um daqueles que “PELAMORDEDEUS”. Fica pra amanhã então.
Nossa, gente, esse é o meu primeiro post TO BE CONTINUED!
Pára de reclamar Pedro Augusto! Ô omi preguiçoso gente!